É muito comum ouvir as pessoas se confundindo no dia a dia ao usar as formas Chego e Chegado.
Essas duas formas existem na Língua Portuguesa e estão corretas, mas devem ser usadas em situações diferentes.
Para começar a aprender, lembre-se de que o particípio é uma das formas nominais dos verbos que indica uma ação já finalizada ou relacionada ao passado. No caso dos verbos, o particípio é usado nas locuções verbais, quando temos dois verbos para indicar uma ação (Tinha chegado).
Muitas pessoas se confundem, porque, na Língua Portuguesa, há verbos que possuem dois particípios, são os chamados Verbos Abundantes, como o verbo pagar, que possui duas formas de particípio, um particípio regular , que é pagado, é um particípio irregular, que é pago.
Também temos outros verbos abundantes, como salvar, com os particípios salvo e salvado, e o verbo fritar, pois aceita frito e fritado.
Mas, no caso do verbo chegar, o negócio é diferente, pois só possui uma forma de particípio, a forma CHEGADO.
Exemplos:
– Eu tinha chegado cedo à praia.
– Se eu tivesse chegado cedo, não teria perdido o evento.
CHEGO, no entanto, é apenas uma forma do verbo chegar conjugado na primeira pessoa do presente do indicativo (EU). É bom lembrar que o presente do indicativo indica uma ação que ocorre no exato momento em que se fala ou que indica uma ação habitual.
Por exemplo: Eu sempre chego cedo às festas.
Mas tome cuidado, pois, como indica o presente, nada de dizer “Pode deixar que eu chego cedo amanhã”, diga corretamente “Pode deixar que eu chegarei cedo amanhã”, usando o verbo chegar no futuro. Afinal você não é um viajante do tempo, que se refere ao futuro, usando verbos no presente, não é mesmo?
E nada de dizer “Eu tinha chego atrasado”.
Assim, querido, cuidado com o que fala ou escreve, jamais diga “Eu tinha chego cedo ao trabalho”.
Diga corretamente: Eu tinha chegado cedo ao trabalho.
Aprendeu? Então, a partir de agora, fale corretamente!
Um abraço da professora Teresa Cristina
