APRENDENDO A SINTAXE

Saiba como identificar e classificar o SUJEITO numa oração

Quando se fala em análise sintática, é importante que você saiba que existem dois termos essenciais na oração: o sujeito e o predicado.

Nosso artigo de hoje vai tratar do SUJEITO. É o início de nossos estudos de ANÁLISE SINTÁTICA.

Bem, em primeiro lugar, é preciso saber que SUJEITO é o ser de quem se faz uma declaração.

Por isso, antes de mais nada, é essencial identificar se a oração que será analisada está na voz ativa, passiva ou reflexiva.

Na VOZ ATIVA, o sujeito pratica a ação, por isso é chamado de sujeito agente.

Como no exemplo:

O rapaz explicou a situação, em que o rapaz é o sujeito agente, pois pratica a ação de explicar.

Na VOZ PASSIVA, o sujeito sofre a ação e, nesse caso, é chamado de sujeito paciente.

Como ocorre na oração “A situação foi explicada pelo rapaz”, em que a situação sofreu a ação de ser explicada.

Na VOZ REFLEXIVA, como o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo, ele é chamado de sujeito agente-paciente.

É o que acontece quando se escreve:

“O menino feriu-se”, em que o sujeito Menino praticou a ação e sofreu as consequências dela.

Como eu já disse, o sujeito é um dos TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO.

Se você quiser se lembrar de todos os termos da oração, eu tenho um vídeo que mostra quais são os termos essenciais, os integrantes, os termos acessórios e até um termo independente, chamado de vocativo, assista.

Muito bem, vamos continuar.

Depois que você tiver identificado em que voz verbal está escrita a oração, é importante que você identifique o sujeito da oração e, para isso, ache o verbo.

É ele que vai indicar quem é o sujeito da oração e a pergunta a ser feita ao verbo é:

Que ou Quem?

Por exemplo:

A professora chegou ao colégio.

Ache o verbo, que no caso é “chegou” e pergunte a ele:

Quem chegou ao colégio?

A resposta só pode ser “A professora”.

Então esse é o sujeito e o restante da oração (chegou ao colégio) é o predicado.

É importante fazer essa divisão logo de sujeito e predicado, porque há termos que dentro do sujeito tem uma classificação, mas dentro do predicado tem outra classificação.

Depois que você tiver identificado o sujeito, agora precisa classificá-lo.

Há cinco tipos de sujeito:

– o sujeito simples,

– o composto,

– o implícito, que também é chamado de subentendido ou oculto,

– o sujeito indeterminado e

– a oração sem sujeito.

Vamos ver as diferenças?

O SUJEITO SIMPLES é aquele que está escrito na oração, é facilmente identificado e possui apenas um núcleo.

Mas o que é núcleo?

É a palavra mais importante do termo e é representado por um substantivo, um pronome ou por uma palavra substantivada.

Por exemplo:

A criança dormiu. (sujeito simples: a criança)

Nós chegamos cedo ao baile. (sujeito simples: Nós, que é um pronome pessoal)

O viver é bom. (sujeito simples: O viver), note que a palavra Viver está antecedida de um artigo e, nesse caso, tornou-se um substantivo.

O SUJEITO COMPOSTO – é aquele que possui dois ou mais núcleos, está escrito na oração e é facilmente identificado.

Por exemplo:

Carlos e Ana Maria são primos. (Sujeito composto: Carlos e Ana Maria)

Quanto ao SUJEITO IMPLÍCITO, também chamado de subentendido, elíptico, desinencial e até oculto, ele não está escrito na oração, mas é facilmente identificado pela desinência verbal, ou seja, pelo final do verbo conjugado.

Repare nesta oração.

Quero um mundo melhor.

QUEM QUER?

O próprio verbo já indica.

(EU), ou seja, Eu quero um mundo melhor, note que o pronome pessoal (EU) não está escrito na oração, mas é facilmente identificado)

Já no caso do SUJEITO INDETERMINADO, ele também não escrito na oração, no entanto não pode ser identificado.

Ocorre com os verbos na terceira pessoa do plural ou com a partícula Se, que, nesse caso, é chamada de Índice de Indeterminação do Sujeito.

Vamos aos exemplos?

Quando eu digo: Furtaram o carro no estacionamento.

Faça a pergunta ao verbo, (quem furtou?), e o verbo, que é seu grande parceiro no estudo da sintaxe, vai responder “Eles”.

No entanto, esse pronome não está escrito na oração, nem os ladrões podem ser identificados nesta oração, por isso, dizemos que é um sujeito indeterminado.

Como eu disse, também há a partícula SE, índice de indeterminação do sujeito, mais na frente, vamos estudar só as funções do SE.

Mas preste atenção a estas orações:

Vive-se bem naquele país (se você fizer a pergunta ao verbo, verá que não há um sujeito específico.

Quem vive bem naquele país? Qualquer pessoa.

Trata-se de pessoas idosas (se você fizer a pergunta ao verbo, verá que não está especificado.

Quem trata das pessoas idosas? Não está especificado)

Por último, temos a ORAÇÃO SEM SUJEITO, também chamada de sujeito inexistente por alguns gramáticos.

Neste caso, a oração toda será o predicado.

A oração sem sujeito ocorre em determinados casos:

Primeiro caso

Com verbos impessoais, aqueles que indicam tempo, temperatura e fenômenos da natureza.

Exemplos:

Trovejou muito ontem.

Choveu a noite toda.

Faz calor nesta época

Observe que, como não há agente nem paciente das ações mencionadas (trovejar, chover, fazer) dizemos que são verbos impessoais e, nesses casos, ficam no singular.

O verbo Ser, quando indica tempo, é o único verbo impessoal que pode ir para o plural.

Por isso dizemos: São duas horas da manhã.

Segundo caso

Com o verbo haver, quando indica tempo decorrido ou quando estiver no sentido de existir.

Exemplos: Há anos encontrei Luciana.

Repare que temos dois verbos e, consequentemente duas orações, a primeira (há anos) e a segunda (encontrei Luciana).

Na primeira oração o verbo haver indica tempo decorrido, por isso é um verbo impessoal e nessa oração, dizemos que a oração é sem sujeito.

Na segunda oração (encontrei Luciana), o sujeito é subentendido EU).

Terceiro caso

Ocorre com os verbos Chegar e Bastar, no sentido de ser suficiente.

Exemplos:

Chega de confusão!

Basta de fofocas!

Espero que tenha contribuído para o seu aprimoramento na Língua Portuguesa.

Até o próximo.

Um grande abraço da Professora Teresa Cristina.

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