Você tem dúvidas sobre o uso da crase?
No artigo de hoje, vou falar sobre CRASE.
Vamos lá?
Em primeiro lugar, é importante saber que CRASE é o nome que se dá à fusão de dois sons vocálicos e, no caso da sintaxe, a fusão de dois (as).
Ela é representada pelo acento grave (`) e, se não for bem usada, pode até mudar o sentido de uma frase e prejudicar a clareza de seus textos.
Por exemplo, se eu escrevo:
“Ela riu à Fafá de Belém”, com crase, indica que ela deu uma risada gostosa como a da Fafá de Belém.
Mas quando eu escrevo:
Ela riu a Fafá de Belém, sem crase, indico que Fafá estava passando e ela sorriu para a Fafá.
Viu como muda o significado da frase?
Pois bem,
A crase é um recurso gráfico, não da fala, por isso não fale “Vou a a escola”.
Fale apenas “Vou à escola”, com acento grave no (a).
O fenômeno linguístico da crase pode ocorrer quando temos um verbo ou um nome que peça a preposição (a).
É bom lembrar que nome, na Língua Portuguesa, refere-se a três classes gramaticais: os substantivos, os adjetivos e os advérbios.
Então,
Dando continuidade, temos um (a), que é preposição (pedida por um verbo ou nome) somado a outro (a) que pode ser um artigo feminino, ou um (a) que é um pronome demonstrativo, ou o (a) que faz parte dos pronomes relativos “a qual” e “as quais”, ou o (a) que inicia os pronomes demonstrativos “aquela, aquele e aquilo“.
Vamos aos exemplos?
No caso dos verbos, vamos pegar o verbo Ir, que pede a preposição (a) quando indica lugar próximo, e quando depois dele vier uma localidade que seja um substantivo feminino e que exija o artigo (a), como Praia.
Por exemplo:
“A família foi à praia”
ou
“Vou à Praia”.
É bom lembrar que, no caso dos artigos, como eles têm de concordar com o substantivo em gênero e número, se escrevermos “Vou às praias”, também é obrigatório o uso do acento grave indicativo da crase.
Mas, se eu escrever, “Vou a praias”, com o (a) no singular e o substantivo no plural, não há crase, pois não há artigo, apenas a preposição (a) que não varia em gênero e número, ou seja, não vai para o plural.
Como eu já falei, o fenômeno da crase também pode ocorrer quando o verbo ou nome pede a preposição (a) e a palavra seguinte é um pronome demonstrativo que seja (a) ou que comece com (a), como aquele, aquela, aquilo.
Por exemplo:
“Fui àquele lugar”.
Repare que o verbo ir pediu a preposição (a) e o pronome demonstrativo aquele, começa com A, então coloque o acento grave indicativo da crase.
No caso de ser usado apenas o pronome demonstrativo (a), fique atento pois esse pronome é usado para evitar a repetição de termos já mencionados, como ocorre no seguinte período:
Não me refiro àquela casa, mas à que está aqui na rua.
Repare que em vez de eu repetir a palavra casa, já citada anteriormente, eu apenas usei o A, pronome demonstrativo e, como o verbo referir-se pede a preposição A, a crase é um caso obrigatório.
Ainda temos o caso em que o verbo ou nome pede a preposição A e há orações que iniciam com os pronomes relativos A qual e As quais. Como na frase Ali está a casa à qual me referi.
Note que, quando temos um pronome relativo, a preposição é pedida por verbo ou nome que venha depois desses pronomes.
Como na frase citada em que o verbo referir-se pede a preposição.
Esses são os casos em que ocorre a crase.
Como este assunto é extenso, ainda virão dois vídeos na sequência. um vídeo, para tratar dos casos obrigatórios e dos casos facultativos de crase, os obrigatórios são aqueles em que, mesmo que não haja verbo ou nome que peça a preposição, nós temos de usar o acento grave indicativo da crase.
E os casos facultativos são aqueles em que podemos ou não usar a crase.
A seguir vou publicar um vídeo com os casos em que não se usa a crase de jeito nenhum.
Aguardem!
Serão os dois próximos vídeos publicados.
É importante saber usar a crase, pois é um assunto que sempre é pedido em concursos e vestibulares.